O ELOGIO DA LOUCURA – ERASMO DE
ROTTERDAM
O elogio da loucura é da autoria de um
humanista e teólogo do sec. XVI, é no essencial uma obra de sátira à sociedade
da época quer ao clero quer à burguesia.
Foi Erasmo durante
muito tempo um intelectual em retiro num convento, onde foi influenciado pelos
diversos membro do clero com os quais ia mantendo contacto bem como pela
literatura que lia.
Faz um elogio da loucura, que se encontra presente em todas as fases da vida, apesar
desta aproximação com a religião ele conseguia fazer uma extrapolação e ver os
defeitos da mesma como os fanatismo e radicalismos que muitas vezes estavam
presentes. Além da crítica à religião ele faz de igual modo, critica aos comportamentos
vivenciados na sociedade da época.
Tentou mostrar à
sociedade as suas falhas e problemas, tendo este livro perdurado até hoje
porque esses problemas da sociedade perduraram até aos nossos dias.
O cinismo, a
dissimulação, a mentira e a hipocrisia numa sociedade sem valores e onde todos
usam máscara.
Quando aborda a
loucura não quer o mesmo usar o sentido literal de insanidade, mas sim algo
externo ao ser humano, cria a “deusa da loucura”, a quem é atribuída a
responsabilidade de todo que acontece.
Esta deusa seria
mulher e era filha de plutão, tendo como responsabilidade a parte eufórica, alegre e irresponsável da
vida .
A própria loucura é vista
como responsável pela perpetuação da vida humana, pois sem loucura e apenas com
racionalidade a vida não se perpetuaria, “qual mulher
haveria de procurar um homem, se refletisse melhor sobre os perigos inerentes
ao fato de colocar um filho no mundo e criá-lo?”Quem não vive na loucura vive
mergulhado na melancolia e filosofias. Segundo a loucura para viver feliz o ser
humano deve abster-se da filosofia e sabedoria, pois tal como Sócrates foi
condenado a beber cicuta devido a ter tanta sabedoria assim acontece aos homens
que procuram a sabedoria.
Critica os
governos sábios pois se não existir entretenimento não haverá loucura, um
livro que apesar de não ser extenso tem
subjacente alguma complexidade que exige uma entrega ao mesmo com
profundidade.
Avaliação (0-10)-8
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