quinta-feira, 9 de fevereiro de 2017

Prometo Perder de Pedro Chagas Freitas




Prometo perder

São 311 páginas de textos soltos e diversificados, adequados a vários estados de alma e temperamentos, contudo, por vezes, parecem nem fazerem sentido. Desengane-se quem espera pelo título que o livro se assemelhe a um livro de Augusto Cury, pois está mais próximo de um da Margarida Rebelo Pinto. Por vezes, um livro ser menos do que se espera, pode ser defeito de quem lê e das expetativas elevadas que formou. Este livro contém belas frases e textos, mas soltos e sem encadeamento, o que dificulta a captação da atenção e da curiosidade do leitor depois das primeiras páginas. Faz uma abordagem diferente do que tenho lido sobre temas como o amor, a superação e a luta sem desistir: “Prometo ainda manter-me vivo depois de cada derrota, resistir ao peso insustentável de cada impossibilidade”. Com a mediática divulgação da obra, talvez alguns leitores, que não conheciam a anterior, poderiam esperar uma história sobre o Amor Profundo, mas não é de todo o caso. São apenas frases que tocam, textos que nos fazem refletir num emparcelamento aleatório, em páginas isoladas com sentimentos. Por não ser uma literatura habitual, não quer o mesmo dizer que não seja adaptada em parte à atualidade, pois sempre poderá ter uma aplicação prática como a utilização de alguns desses textos para envio de SMS e MMS num certo momento a alguém especial, o que certamente irá causar impacto. Espero um dia poder ler algo deste autor num registo diferente.

Avaliação (0-10) 6

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