terça-feira, 29 de agosto de 2017

O Pianista de Hotel de Rodrigo Guedes de Carvalho



SINOPSE
“O Pianista de Hotel transporta-nos numa melodia. É uma entrada para um mundo regido pela linguagem da música, pela sua força e beleza, presentes no ritmo de cada frase, de cada parágrafo rigorosamente medido.
Livro em camadas, nele se cruzam diversos planos, diversas histórias perpassadas pelo poder redentor da música que entra e rasga, a solidão, a dor e o vazio das pessoas que habitam nestas páginas. Com um vasto subtexto, a densidade das personagens está carregada de mistérios que nos prendem a sucessivas interrogações.
Há um pouco de nós em todas elas.
Há muito de nós neste mergulho ao mais fundo da alma humana.
É um romance que se lê e ouve, que mantém todos os sentidos alerta. Uma pauta musical, com andamentos diversos, que acabam por se cruzar numa vertigem imprevisível de autêntico thriller psicológico.
E, depois, há o pianista…”
Um romance em que a sinopse não consegue transpor a totalidade da densidade subliminar de cada frase, de cada palavra, de cada descrição e personagem. Sobre o Pianista de Hotel, Eduardo Pitta disse: "Percebemos logo nas primeiras páginas que é de solidão e perda que o romance trata". Provavelmente com toda a razão, um bom exemplo é este pequeno excerto: “É uma angústia que terá de provir de raízes, sendo a mais notória que Maria Luísa se encontra sozinha em casa. Nem sempre acontece, mas as exceções são isso, exceções, acontecimentos pouco duradoiros, e no caso, normalmente insatisfatórios. Está sozinha pois é assim que vive”. Mantém o estilo de escrita na mesma linha de continuidade dos livros anteriores, uma escrita clara, simples e compreensível. Uma leitura para se ir devorando com calma ao sabor do tempo, vendo e revendo aqui e ali alguma identificação e aspetos da nossa própria vivência, tocando ao longo do livro em várias e fortes temáticas, que aqui não desvendarei.

Avaliação (0-10) 8

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