VIOLÊNCIA E ISLÃO
de Adonis
SINOPSE
O
extremismo islâmico, no seu discurso e na sua ação, ostenta a bandeira de um
islão em permanente agonia, que mantém os seus fiéis na escuridão e incute na
sociedade árabe uma conduta de violência, analfabetismo, misoginia e
ignorância. Um obscurantismo e uma barbárie que duram há quinze séculos e que
hoje se fazem sentir um pouco por todo o mundo, de Palmyra a Paris, do fracasso
da Primavera Árabe ao ressurgimento do Estado Islâmico, e dos quais o Ocidente
não pode ser ilibado de culpas.
Perante o silêncio e a hipocrisia que se instalaram tanto no Médio Oriente
quanto no Ocidente, levanta-se a voz de um dos maiores poetas e pensadores do
mundo árabe, Adonis, que, num conjunto de entrevistas dedicadas à temática da
violência como elemento constitutivo do islão, reflete sobre a necessidade
urgente de uma releitura e debate livres no seio da sociedade árabe, um novo
tempo que do passado apenas invoque a luta pelo direito à diversidade e que condene
o confronto. Um tempo de reconciliação.
COMENTÁRIO
Um livro com 192 páginas , classificado como um livro político,
que nos remete para um retrato do pensamento do Islão, uma visão sobre o radicalismo
Islâmico, uma conversa sobre o Islão histórico e cultural, uma entrevista sobre
o ISLÃO desde a fundação do primeiro califado até aos dias de hoje. Para ele, ADONIS, o Corão é um texto
extremamente violento, até porque apenas pede ao indivíduo que o siga sem o
questionar. Para Adonis percebe-se assim perfeitamente a lógica do Daesh, já
que o Islão foi fundado na lógica do espírito de tribo, de conquistas e do poder
do dinheiro. O Daesh segue estes princípios porque o Islão segue um princípio
de domínio em vez do conhecimento do homem. E isso só se consegue através da
submissão e do afastamento de todos os que se interrogam sobre a sociedade ou o
poder. E aí a mulher, encarnação do desejo, tem de ser dominada e submetida.
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