O Mal que Deploramos – José Sócrates
Sinopse
“Há qualquer coisa de intuitivamente menos decente em matar à distância. E,
no entanto, tem sido esse o percurso histórico da guerra - matar cada vez de
mais longe.
O drone veio introduzir novas categorias nessa distância da guerra. A
primeira é a distância entre o combatente e a arma letal no campo de batalha.
Esta é a distância física que é hoje intermediada pelo vídeo em tempo real.
A moderna guerra wireless criou uma nova visualização da guerra e
da contenda - já não há mapas e reconhecimento do terreno de batalha como
antigamente, agora o combate é exposto no ecrã de forma cinemascópica e
alimentado por ligações de satélite. A tecnologia "matou a distância que
agora permite a morte à distância". Depois temos a distância vertical,
símbolo da filiação desta guerra no poder aéreo, no bombardeamento, no ataque
vindo de cima, que sempre pretendeu ser superior e agora pretende ser
invulnerável. Finalmente, há essa distância íntima entre o operador e o ecrã,
entre o piloto e a imagem da vítima no visor.
E, todavia, nenhuma destas categorias teria grande valor sem a outra
distância essencial à guerra, a distância moral, a distância que a guerra
inevitavelmente cria entre os combatentes, a distância que desqualifica e
despersonaliza o outro lado, o inimigo - a distância que introduz a lógica do
aniquilamento própria da guerra: não são como nós, são monstros. Em cima,
invisível e superior, o soldado justo; em baixo, ao longe e sem defesa, o
terrorista, essa "forma inferior de vida".
Tem a particularidade de ser um livro que tem como seu autor um Ex Primeiro-Ministro o que despertou sem dúvida interesse na sua leitura e escolha. É um livro com 200 páginas, ou seja o número de páginas adequado para não se perder o interesse com o volume nem se tornar enfadonho, nem pequeno demais que não tivesse alguma densidade, abordando um tema particular sobre o qual não se escreve muito.
Tem a particularidade de ser um livro que tem como seu autor um Ex Primeiro-Ministro o que despertou sem dúvida interesse na sua leitura e escolha. É um livro com 200 páginas, ou seja o número de páginas adequado para não se perder o interesse com o volume nem se tornar enfadonho, nem pequeno demais que não tivesse alguma densidade, abordando um tema particular sobre o qual não se escreve muito.
O livro está dividido em vários títulos como:” A guerra à distância”,” Sessenta
palavras para ir para a guerra”,” A guerra como escolha”, “ A arma Humanitária”,
“ Estamos a ganhar a guerra ou a perde-la”, Democracia Unmanned”. Uma escrita clara
simples e compreensível apesar de alguns termos menos usuais e comuns, com
algumas referências históricas, centralizando na guerra o seu conteúdo, com referências
aos drones como armas de guerra letais, pois combinam como refere o autor o “identificar
e eliminar”, escreve o autor também sobre as licenças para matar e os programas
secretos de assassinatos os targeted killings. Um livro para quem quer conhecer
um pouco mais sobre a guerra tecnológica.
Avaliação (0-10) 8
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